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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mas não passou sem nuvem de tristeza



esse amor que era toda a tua vida,



em que eu tinha a existência resumida



e a viva chama de minha alma, acesa.



Nem lemos sem vislumbre de incerteza



a página do amor, lida e relida,



mas pouquíssimas vezes entendida,



sempre cheia de engano e de surpresa,



Não. Quantas vezes ocultei a minha



dor num sorriso! Quanta vez sentiste



parar, medroso, o coração de gelo!



- É que nossa alma às vezes adivinha



que perder um amor não é tão triste



como pensar que havemos de perdê-lo.



Guilherme de Almeida.

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