Seu corpo, ferramenta de Deus. Preserve-o.
Seu corpo, templo de Deus. Respeite-o.
“ou não sabeis que o nosso corpo é templo do Espírito santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Co 6.19,20).
"...Você usa seu corpo para satisfazer suas paixões? Para atrair atenção? Para expressar opiniões?..."
“nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Seu corpo é um instrumento de Deus, criado para a obra e a glória dEle.
"...Os cristãos coríntios tinham problemas sérios com isso. Quando o assunto era o corpo, eles insistiam, “todas as coisas me são lícitas” (I Co 6.12). A filosofia deles separava convenientemente a carne do espírito. Divirta-se com a carne. Honre a Deus com o espírito. Sábados na esbórnia. Domingos de adoração. Você pode ter tudo isso. Paulo discordava. Ele acabou com a dicotomia. Lembrou a seus leitores de que Deus fez o corpo ligado à alma, elevando os dois a um mesmo status. Seu corpo não é um brinquedo. Pelo contrario: seu corpo é uma ferramenta. “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de cristo?” (I Co 6.15)
Espere aí. Escutei esse suspiro. Preservar meu corpo? Não quero falar sobre o meu corpo.
...Preserve o instrumento de Deus. Dê alimento a ele. Dê descanso. Quando Deus precisar de algo mais – um servo que esteja descansado o suficiente para servir, alimentado o suficiente para trabalhar, alerta o bastante para pensar – permita que ele encontre isso em você. Ele usa você.
Melhor ainda, ele vive em você. “ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do espírito santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6.19) ele escreveu essas palavras para confrontar a obsessão sexual dos coríntios. “Fuja do pecado sexual!”, ele alerta. “fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (I Co 6.18).
Entenda bem isso, Deus não é contra o sexo. Apague qualquer idéia de que Deus é contra a afeição e o relacionamento sexual. Afinal, ele desenvolveu todo esse pacote. O sexo foi idéia dele. A partir da perspectiva dele, o sexo não é nem um pouco desprovido de santidade.
Para ele a intimidade sexual é tão preciosa quanto a Bíblia de nossa família é para mim. Passada adiante pelo meu ramo paterno, o volume tem cem anos de idade e vinte centímetros de largura. Cheia de litografias, rabiscos e uma árvore genealógica, ela é, para mim, inestimável. Por isso, eu a uso com cuidado.
Se preciso de um calço, não pego essa Bíblia. Se o pé da minha cama quebra, não uso a Bíblia da família para calçá-la. Quando precisamos de papel velho para embrulhar algo, não rasgamos uma página desse livro. Nós a reservamos para ocasiões especiais e a mantemos guardada num lugar especial.
Com o sexo é a mesma coisa – é um presente santo, para ser aberto num lugar especial, em ocasiões especiais. O lugar especial é o casamento, e as ocasiões são com seu cônjuge.
O sexo casual, a intimidade fora do casamento, toca na ferida dos coríntios e nos dá a impressão de que podemos entregar o corpo sem não afetar a alma. Não podemos. Nós, humanos, somos tão intrinsecamente psicossomáticos que qualquer coisa que toca a soma causa um impacto na psique também. A frase egocêntrica “desde que ninguém se machuque” soa nobre, mas a verdade é que não sabemos quem se machuca. O pensamento centrado em Deus nos resgata do sexo que pensamos que nos faria felizes. Você pode pensar que as brincadeiras sexuais são inofensivas, e anos podem passar antes que o raio-X revele o dano interno, mas não se deixe enganar. O sexo casual é uma dieta de chocolate – tem um gosto bom durante algum tempo, mas o desequilíbrio pode arruinar você. Sexo longe do plano de Deus fere a alma.
Sexo de acordo com o plano de Deus nutre a alma. Considere o plano dele. Dois filhos de Deus fazem uma aliança um com o outro. Eles desativam os assentos ejetores. Queimam a ponte que os levaria de volta para a casa da mamãe. Eles caem um nos braços do outro sob a bênção de Deus, rodeados pela alta cerca da fidelidade. Os dois sabem que o outro estará ali pela manhã. Sabem que o outro vai estar ali mesmo quando a pele se enrugar e o vigor falhar. Os dois concedem para o outro privilégios exclusivos entre quatro paredes. A culpa se foi. A luxúria indisciplinada se foi. O que fica é a celebração da permanência, um momento de carinho no qual o corpo continua o que a mente e a alma já começaram. É um período no qual “ambos estavam nus, o homem e a sua mulher, e não se envergonhavam” (Gn 2.25)
Administre a casa de Deus de tal modo que os passantes parem e observem. “Quem vive nesta casa?”, perguntarão. E quando ouvirem a resposta, Deus será honrado."
Extraído do livro: Isto não é para Mim
De: Max Lucado
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